COMUNICADO DA UNIÃO ZOÓFILA SOBRE A PROPOSTA DE CÓDIGO DOS ANIMAIS DE COMPANHIA
A União Zoófila tomou conhecimento, através da Imprensa, da intenção do
Ministério da Agricultura de fazer aprovar em Conselho de Ministros uma
proposta de lei que prevê a redução do número de animais por
apartamento e que obriga à eutanásia de animais domésticos abandonados
acolhidos em canis com doenças tratáveis. Em momento algum foi a União
Zoófila consultada sobre o teor do documento. O que teríamos dito ao
autor da proposta caso pretendesse ouvir uma associação que protege
animais domésticos há mais de 60 anos, e que dizemos agora publicamente,
é o seguinte:
Repudiamos veementemente o abate de cães e gatos
abandonados que padecem de doenças tratáveis, tantas vezes facilmente.
Do ponto de vista ético, incentivar, tornando legal, o abate dos
enfermos é inqualificável. Matar os mais vulneráveis, apenas porque,
momentaneamente, estão enfraquecidos é moralmente repugnante.
Não nos espanta contudo tal medida pois essa é a prática corrente em
canis municipais, sob o olhar benevolente do Ministério da Agricultura.
Nos canis são abatidos, por ano, segundo se estima, cem mil animais
domésticos, entre os quais muitos milhares são jovens, saudáveis e
adoptáveis - caso a intenção fosse promover-lhe a adopção e não,
simplesmente, matá-los.
Enquanto associação que lida com
animais vítimas de abandono e de maus tratos, a União Zoófila lamenta
que o Governo não tenha ainda penalizado tais actos, precipitando-se, ao
invés, numa espécie de 'cruzada' contra os cães e os gatos em
apartamentos, como se o número - e não factores como o tamanho e o
temperamento dos animais, bem como a capacidade para acolhê-los de quem
assume a responsabilidade sobre eles ou a dimensão do alojamento - fosse
o mais importante.
Notamos igualmente que, neste momento,
quando as famílias enfrentam dificuldades que as tornam emocionalmente
mais susceptíveis, fazer publicar uma lei que sugere retirar-lhes cães e
gatos com os quais convivem há anos, senão décadas, causa perturbação
susceptível de assumir contornos com os quais a autoridade dificilmente
lidará a não ser recorrendo à força bruta.
Mais uma vez
através da Imprensa, tomámos conhecimento que o Ministério da
Agricultura justifica a proposta reportando-se às leis europeias.
Lembramos que, na Europa, incluindo na tão próxima Espanha, existem uma
lei que criminaliza os maus tratos a animais e muitos países europeus já
resolveram, promovendo a castração e a esterilização, em detrimento do
abate puro e simples, o problema da sobrepopulação de cães e gatos.
Esperamos que os exemplos a que o Governo se reporta não sejam os da
Bósnia, da Roménia ou da Ucrânia, onde se procede à matança
indiscriminada de cães e gatos abandonados.
Em vez de reduzir a
dois o número de cães em apartamento e a quatro o de gatos, a União
Zoófila entende que o Governo devia preocupar-se em criminalizar quem
mata e tortura animais, quem os atira de carros em andamento, quem os
deixa sem água e sem comida. Devia ainda incentivar a castração e
esterilização, de maneira a reduzir a matança que diariamente ocorre nos
canis municipais.
uma vergonha :s tivesse eu uma casa e metia lá 500 gatos e eles nem piu... :s
ResponderEliminar:\
EliminarEscreves bem pahh!
ResponderEliminarPodes resumir?